Movimento de correção pressiona cotações da soja
O contrato da soja com vencimento em janeiro recuou 0,24%
O contrato da soja com vencimento em janeiro recuou 0,24% - Foto: Divulgação
O mercado internacional da soja encerrou a semana com movimento negativo, refletindo ajustes de preços e maior cautela dos investidores diante do comportamento da demanda global. Segundo a TF Agroeconômica, os contratos negociados na bolsa de Chicago fecharam o dia e a semana em baixa, com o mercado concentrado em dados oficiais e na evolução do consumo asiático.
O contrato da soja com vencimento em janeiro recuou 0,24%, ou 3,00 centavos de dólar por bushel, encerrando a 1.049,75 dólares. A posição março caiu 0,19%, com perda de 2,50 centavos, a 1.060,00 dólares por bushel. No segmento de derivados, o farelo de soja para janeiro fechou em queda de 0,20%, a 297,8 dólares por tonelada curta, enquanto o óleo de soja do mesmo vencimento recuou 0,52%, a 47,86 centavos de dólar por libra-peso.
De acordo com a análise, a oleaginosa passa por um movimento de correção desde meados de novembro, sem sinais de reação no curto prazo. Mesmo com a divulgação de novas vendas e a atualização dos relatórios semanais, o mercado deixou de operar com base em rumores e passou a considerar apenas números oficiais, que vêm sendo divulgados abaixo das expectativas. Esse cenário reforça a pressão sobre as cotações e limita tentativas de recuperação.
Outro fator de atenção é o ambiente externo, marcado por ruídos comerciais que podem se intensificar com o bloqueio de navios carregados com petróleo venezuelano destinados a portos asiáticos. Internamente, a demanda no principal país importador também mostra desaceleração, com os leilões de soja realizados pela estatal Sinogran registrando redução gradual no volume negociado ao longo das rodadas. Esse enfraquecimento se reflete nas quedas observadas tanto no mercado asiático quanto em Chicago ao longo de dezembro.
No acumulado da semana, a soja em Chicago apresentou baixa de 2,51%, com perda de 27,00 centavos de dólar por bushel. O farelo recuou 1,55%, equivalente a 4,70 dólares por tonelada curta, enquanto o óleo de soja registrou queda mais acentuada, de 4,41%, ou 2,21 dólares por libra-peso no período.